Neo Gêmini

Letras de Poesias - Memórias Atemporais (2004) [2]

VIOLÊNCIA TUPINIQUIM

Vivo num País perigoso
O capital tornou-se mafioso
Meu amigo, inimigo inescrupuloso
Sexo na tv, mal vicioso

As cidades transmitem medo
Hospitais cheios desde bem cedo
Ladrões passeiam pelas ruas tranqüilos
Pessoas indefesas, olhares intranqüilos

Até quando seremos usados?
Todos inventam planos cansados
Mortes impunes, peixes vazados

Cidadãos no limite da podridão
Mundo espiritual pode ser a solução
Pra pagarmos nossos pecados com o irmão

CASA FILOSÓFICA

Este cantinho tornou-se especial
Minha inspiração aqui flui legal
Os ouvidos ignoram falas ao redor
Concentrado, esqueço um fato menor

Esta bebida excita a sagaz mente
Pensamento, um sinônimo especial
Drinks espertos, fator quente
Viajo nas letras, vou a Portugal

Camões! Fernando é ótima pessoa
O invólucro protege, sensação boa
Caneta discreta que escreve à toa

Salientes palavras, tudo é natural
Devargazinho me apaixono pelo local
Fiz um patrimônio, escrevendo no tal

MUNDO HEDIONDO

A inveja nefasta destrói os chulos picaretas
Imagens nebulosas, máquinas obsoletas
Os vermes podres circulam nas sarjetas
Mentes destruídas, palavras caretas

É verdadeira uma retórica de guerra
Iniciada pelos pseudo-amigos leais
Através da inércia vivida no Planeta Terra
São coadjuvantes de atitudes ilegais

Manipulados pela mídia violenta, passional
Transgressão de regras, censura funcional
Estão enjaulados numa gaiola natural
Dinheiro contribui com o crime normal

Indústria capitalista cresce com o mal
Inocentes crianças com armas na mão
São vítimas estagnadas pelo poder imoral
Proliferação de bandidos, guiados pelo ladrão

SONHOS DIVERSIFICADOS

Turqueza - riqueza e suavidade
Gentileza - depende da idade
Certeza - paradoxo da saudade
Realeza - esconde uma maldade

Salão - lembranças do bordel
Canhão - guerra, tiros no céu
Mamão - tetas com mel
Cartão - saudades do corcel

Cerol - agarra um canil
Mentol - sabor de anil
Formol - perigo anti-servil
Anzol - laça aquele funil

Mar - liberdade, descontração
Calar - expressar indignação
Amar - viver grande paixão
Cantar - espantar males da sessão

SEM SAÍDA?

Alguns políticos roubam do povo
Parece a sina deste grande País
Armam falcatruas, forjam um comboio
Nada acontece, criança infeliz

Nem com o voto se resolvem os problemas
São milhões de pobres com algemas
Drogas, insegurança, tiros pelas ruas
Assaltos, seqüestros, vida de amarguras

Estamos no limite da escuridão
Pensamos no filho, futuro do cidadão
Encontra esta guerra sem solução
A tv é complacente com sua programação

Horror nos espera brevemente
Lutaremos sozinhos bravamente
Chegamos ao caos politicamente
Precisamos nos unir urgentemente

CONSTANTE E DOENTIA AMBIÇÃO

Parado na dor
Embriagado no amor
Calado com furor
Malvado - olhos de horror

Perdido - tétrica solidão
Partido - violenta situação
Falido - tempo pro sertão
Sabido - morte do anão

Comprimidos antidepressão
Divulga sua religião
Xinga o amigão
Sorri para o espião

Ignora uma multidão
Inventa toda fundação
Organiza o paredão
Vende sua decisão

Páginas: [01] [02] [03] [04]

Todas as letras de poemas e músicas presentes no site são de autoria de
Neo Gêmini e estão registradas na Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos
Autorais - Rio de Janeiro - RJ. Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
Copyright © 2008

Site desenvolvido por Henrique Barcellos